segunda-feira, 29 de março de 2010

Eita correria!

faz algum tempo que já não escrevo aqui... também nem me coçar consigo agora!!!! eita pauleira!!! na verdade, preciso apenas me acostumar com minha nova condição e apenas abraçar aquilo que eu posso. não dá nada! logo me adapto!
à propósito, deixo aqui uma dica para ouvir: ryan bingham, "mescalito". imperdível! não sai do meu player! mais um ryan para a minha coleção, hehehehe!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sobre MAVs, embolizações e afins. pt. 1

Passei praticamente a última metade do ano passado cuidando de uma hemorragia cerebral que tive sem mais nem menos. Como prometi em um post anterior, contarei o que aconteceu durante esse tempo.
Pois bem, num domingo de setembro, sem aviso ou coisa que valha, tive uma dor de cabeça fortíssima, que nunca havia sentido antes. Eu até então era bem acostumado com dores de cabeça e enxaquecas, porque estavam sempre me acompanhando. Mas essa não. Essa era bem diferente.
Lembro de poucas coisas depois disso. Talvez minha última lembrança clara foi a de ter pedido para a Gipsy chamar socorro porque eu realmente estava passando mal. Depois disso, só o que me contam.
Apaguei.
Tive convulsões.
Lembro vagamente de ter tentado levantar da cama para vomitar e ter sujado o quarto todo. Minha mãe conta que eu tnha perdido os movimentos do lado esquerdo do meu corpo, porque não respondiam a nenhum estímulo.
Depois disso, só quando acordei na UTI do Hospital de Caridade. E também poucas coisas lembro da UTI.
Quando acordei, veio uma enfermeira perguntar se eu sabia onde e porquê eu estava ali. Indagou também se eu era usuário de drogas, porque o que me aconteceu até então era característico em viciados. Respondi que a única coisa que eu sabia era que havia passado mal em casa.
Até então, ninguém sabia o que havia ocorrido. Supunha-se, pela tomografia que fizeram antes de eu ser internado, que haiva ocorrido uma hemorragia.
Lembro que recebi visitas: a Gipsy, minha mãe, minha irmã, meus sogros... sem a minha esposa aqui do meu lado me ajudando a recordar, não vou muito longe...
Ficar numa UTI não é um troço muito fácil... primeiro, tem pessoas que estão tão ou mais ferradas do que você, e isso por si só é terrível. Depois, não há o que fazer, só relaxar e gozar. E acreditem nisso, por mais difícil que for, é relaxar e gozar mesmo.
Ainda tem o fato de, no meu caso, não ter como fazer muitos movimentos. Com isso, e é aí que o bicho pega, você fica totalmente dependente dos enfermeiros.
Daqui a pouco eu continuo, tenho aula agora.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pro Mauricio

Dia 26/02 próximo marca o aniversário de trinta anos de um cara a quem eu devo muita coisa. Como diria o famoso e o engraçadinho do Marcelix, “Mauricio é o nome da fera!”.
Fomos apresentados nos idos de 1999, por seu irmão Marcelo – que estava sempre na CD Club, loja em que eu trabalhava -, quando me chamou para integrar Os Berbigão. Tá certo que eu já vivia saindo com o Marcelo, mais o Fábio Alves e Leonardo Feijó atrás de shows de blues pela cidade e sempre acabava por dormir, já bêbado, na casa dos Peixoto. Mesmo assim, só fomos nos aproximar quando começamos a trabalhar juntos na banda. E lá se foram sensacionais sete anos.
E, durante esse tempo, aprontamos, né, Mauricio?  Passamos por shows memoráveis, porres homéricos, roubadas gigantes, viagens lisérgicas, ressacas e seqüelas monumentais... por shows que foram uma merda, diários de bordo tendenciosos (arrá, só pra me vingar um dia ainda conto o que tu aprontou em Joaçaba!!!!), almoços e jantares pelo estado afora (lembra do penne do sêo Ênio em Joinville?), tardes de ensaio na casa do Luciano que sempre terminavam com aquele café com Fanta Uva, só pra sacanear, gravações, mixagens, colecionando frases (“você é tudo de bom!”), mr. Stink, uniformes, enfim, uma porrada de coisas...
Lembro de ter tomado esporros, das noites de absinto (tudo começou no Ponto de Vista), momentos calibre (em Caçador foi o melhor!), de ter ficado puto porque tu, viado, chegou atrasado num show no John Bull, lotado, completamente doido, invadindo o palco e cantando pra caralho. Mas foi muito legal, admito! Lembro de ti e do Luciano me ensinando a fazer backings, das canjas nos shows d´Os Chefes, do maracujá do Armazém Vieira, do drink refrescante do verão, da explosão de sabor, do Flávio Guimarães dizendo "elix bebem direitinhu..." lá em Camboriú, indo fazer um entrevista às seis da manhã e tendo que cantar, caramba, de uma porrada de coisas mais. Histórias realmente não faltam...
Também tive o enorme prazer de gravar algumas músicas dele. Mas duas são extremamente especiais: “Abaixo do sul do Equador” e “Depois do verão”. Digo, sem pestanejar e com toda a certeza, que são duas das minhas músicas favoritas de todos os tempos! Dá uma saudade fodida ao escutar essas músicas...
É ótimo saber que tu tá correndo atrás das tuas coisas, das tuas vontades, do teu espaço, do que queres... é ótimo saber que tudo está indo bem e que tu tá chegando lá... brilha, mô quiridu!
Como diz Bob Dylan – e eu adorava cantar isso contigo – “When you got nothing, you got nothing to lose/You´re invisible now, you got no secrets to conceal”. Toca o foda-se e quebra tudo!!!
Parabéns e um grande abraço desse teu velho amigo aqui.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sorvete!!!!

pois é, esse é o meu novo vício agora... na verdade, sempre fui fã desse delicioso e gelado quitute. só que ultimamente tenho consumido muito mais do que eu poderia imaginar.
acho que é uma das lembranças mais gostosas que tenho, principalmente durante o período que eu fiquei doente. lembro que era uma tarde de sábado e tinha muita gente lá na casa de minha mãe. eu com pontos na cabeça, sem enxergar direito e dopado de remédios... sei lá porque diabos respondi para a minha esposa, a gipsy, "sorvete de morango e pistache", quando ela perguntou se eu queria alguma coisa.
não me lembro bem mesmo, porque na época eu estava tomando muitos remédios e minha memória ficou meio esquisita... "só sei que foi assim"...
de qualquer forma, saiu ela atrás do sorvete. não me lembro quanto tempo passou, mas lembro muito bem quando ela chegou em casa com um copo gigante cheio de sorvete de pistache e morango... putz, que loucura era aquilo!!! eu acho que na minha vida toda nunca tinha tomado sorvete com tanta vontade como naquele dia! e, a partir dali, o apetite cresceu.
acredito que deva ter ficado uma lembrança tão boa daquele dia que, toda vez que resolvo tomar um "geladinho", sinto um prazer indiscritível.
falando nisso, vou tomar um agora mesmo. dá licença?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O fim do rock (como nós conhecemos)?

Li na Billboard Brasil desse mês (01/10) um artigo muito interessnte sobre o fim da era do rock. Escrito por Robert Hilburn, crítico de música pop do jornal Los Angeles Times, é um questionamento sobre o fim do rock, no formato que nós conhecemos. Ele disserta sobre o poder que o rock´n´roll tinha na vida dos jovens quando surgiu. Era considerado um "artigo de fé" e transmitia a idéia de que se poderia "mudar o mundo". E, à medida que o tempo foi passando, assumiu outras funções e responsabilidades.
Lá no início, os artistas eram realmente engajados e imbuídos de ideais nesse sentido. Fazer a diferença, da forma que fosse, era um lema constante e adotado pela grande maioria dos músicos. De Beatles e Bob Dylan a U2 e, mais recentemente Neil Young e Pearl Jam - talvez a última banda a realmente querer fazer a diferença -, apenas para citar alguns exemplos, vestiram a camisa do rock e levantaram sua bandeira com orgulho.
Mas o que está errado hoje?
Hilburn disserta dizendo que os jovens artistas têm culpa porque "não têm o objetivo de fazer discos que atingirão o público em massa". Além do mais, a música não faz mais parte da vida e do cotidiano dos jovens.
Ele prossegue afirmando que o público mais jovem não se sente conectado com o rock. Os discos não são mais pedras fundamentais em suas vidas. Eles não precisam mais de heróis.
Nesse ponto, vou mais longe. Não há nada mais que possa ser transgredido. O r´n´r que sempre carregou o estigma de poder ser transgressor, ou de poder mudar a situação, como queiram, não tem mais essa função. Hoje, pode-se protestar e ser engajado de várias outras maneiras. Com a internet, principal veículo de informação atualmente, pode-se chegar em qualquer lugar. Blogs, myspaces, facebooks, orkuts, garantem todo o espaço necessário para quem quiser se manifestar ou se deixar conhecer. Inclusive pela música.
Ao mesmo tempo, a velocidade do mundo hoje é muito alta. Tudo é muito efêmero. Há tantas fontes de informação, de entretenimento... há tantas coisas possíveis de se fazer. Escutar rock´n´roll talvez não seja o que essa nova geração prefira fazer... Jack White, em entrevista a Robert Hilburn, afirma: "essa geração vê a música como uma presença passiva. É algo como 'vou jogar videogame e, quando eu voltar pro rock´n´roll, ele vai estar esperando'. Eles não compram o cd, mas fazem downloads e repassam para os amigos".
Por outro lado, a grande indústria musical também leva culpa nessa "transgressão" do próprio r´n´r. Principalmente pelo fato de demorarem a dar uma resposta eficiente aos desafios propostos pela internet. Há também o fato dos executivos de grandes gravadoras exigirem um retorno financeiro a curto prazo, o que impede promover uma carreira decentemente. E mais, as gravadoras não conseguem visualizar novos talentos que sejam realmente bons.
Antes de concluir com soluções, quero deixar claro que não condeno o fato de bandas e músicos desejarem - e gostarem - fazer música por música. No entanto, o engajamento que já existiu no r´n´r está realmente chegando ao fim. O rock como nós, aqueles que já passaram dos 30, conhecemos está morrendo. 
Soluções?
Ainda com Hilburn, a primeira que é endereçada às bandas: sejam megalomaníacos. Acreditem que possam chegar ao grande público. Mostrem que têm o que falar, que têm conteúdo, que têm significado. 
E para as majors: é preciso reconquistar os músicos. É necessário encontrar jovens artistas que tenham o que dizer e que sejam realmente visionários. Cuidar desses artistas. E sejam parceiras, parem com a escravidão.
E ele conclui: artistas lendários, como Bob Dylan e Neil Young, fizeram grandes álbuns que mexeram com a sociedade assim como venderam milhões de discos. E ainda vendem! Sua música conquistou gerações e gerações de jovens que compraram milhões de discos de outros artistas por paixão à música, ao rock. Bruce Springsteen e Kirk Hammett (Metallica) afirmaram em entrevistas recentes que a grande maioria do público de seus shows são de novos fãs. E que novo artista "tem a ousada intenção de fazer uma geração de fãs"?
A resposta talvez seja desesperadora.

sábado, 23 de janeiro de 2010

jujuba azul? pt 2

legal esse negócio de blog!
o bom é que estou desenferrujando, tirando todo o tipo de craca que ficou na minha cabeça e nos meus dedos, me impedindo de pensar e escrever... e estava na hora já...
e o que é melhor ainda é que estou me forçando a escrever, a retomar uma atividade que me dava muito prazer e que não sei porquê deixei de lado...
(acho que depois do susto que levei voltei a viver com mais gana, com mais vontade, querendo fazer um monte de coisas que havia deixado de lado. o foda é que, com a minha condição agora, não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo... hehehe! mas o fato de poder fazer é um conforto e tanto!)
voltei a escrever, voltei a fuçar nos meus discos e encontrar aquelas músicas que há tempos não escutava. voltei a estudar, voltei a tocar - bem de levinho, é bom que se diga, só pra brincar -, logo quero voltar a compor; voltei a ler meus quadrinhos e ficar puto com os argumentos, voltei às minhas coisas enfim...
o grande lance quando a gente fica fodido numa cama de hospital é que aprendemos a rever tudo o que pensamos. parece conversa fiada, mas só estando lá pra saber (acho que isso merece um post melhor, sem dúvida).
de qualquer sorte, como diria juca kfouri, estou voltando, de leve, aos poucos, com calma, mas estou voltando. e isso me deixa muito feliz.
e, de momento, é o suficiente.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Falando em Lost Highway...

Como agora há pouco eu escrevi sobre o lançamento de um novo disco do Cash e ainda citei a fonte, não dá pra deixar de falar da Lost Highway.
É uma sensacional gravadora americana especializada em country e suas adjacências. Tenho seguido esses caras desde quando conheci a fundo Ryan Adams em 2002. Eles têm um cast incrível, com vários nomes consagrados e também gente meio desconhecida. Tem Elvis Costello, Johnny Cash, Golden Smog, Jayhawks, Van Morrison, Willie Nelson, Ryan Adams junto com Hays Carll, Lyle Lovett, Whiskeytown, Lucinda Williams e por aí vai.
Pra quem gosta de country americano é um prato cheio.
Pra conhecer mais é só acessar www.lost-highway.com
O site é muito bacana, vale a pena conferir. Aproveito pra dar uma dica: Timeless, disco-tributo a Hank Williams, com Bob Dylan, Sheryl Crow, Tom Petty, Keith Richards e mais alguns coitados.



Johnny Cash, American VI: Ain't No Grave


Com o lançamento marcado para 26 de fevereiro de 2010, dia do nascimento de Johnny Cash, American VI: Ain´t No Grave será o último volume da coleção.
Também produzido por Rick Rubin, o disco é marcado por canções em que Cash exalta ter vivido uma grande vida. E deve-se muito a Rubin especialmente nesse volume e no penúltimo (American V - A Hundred Highways).
Após a morte de June Carter e com a instabilidade de sua saúde, Cash praticamente parou de compor. Nesse período, durante as gravações do quarto volume, The Man Comes Around, ele vivia repetindo que esse seria seu último álbum e que não gostaria que realmente fosse. Rubin, por sua vez, insistiu para que ele compusesse mais. Então, conforme sua saúde permitia, e tendo uma equipe de técnicos de prontidão, Johnny ia gravando faixas e mais faixas que acabaram por originar os volumes V e VI.
Há histórias belíssimas em torno das gravações desses álbuns. Umas das mais marcantes é contada por Rubin: Cash sabia que seus dias estavam chegando ao fim e que não tinha medo algum que isso acontecesse. Rick conta que conversava com Johnny no hospital, poucas horas após June ter falecido, e ele dizia que havia passado por muitos sofrimentos em toda a sua vida mas que nunca havia sentido nada como aquilo. Rubin diz que nunca havia visto Cash tão fraco, tão abatido como naquele dia. Ele relata que não lembra de onde a conversa surgiu, mas recorda de ter perguntado a Johnny onde ele poderia encontrar mais fé. Cash, com sua peculiar voz de trovão, respondeu que "sua fé era INABALÁVEL" e que a partir daí a conversa toda mudou.
American VI pode ser seu último disco e Cash pode já não estar mais "andando pela Terra", mas sua música está bem viva entre nós.
Amém!


Quer ler mais? Visita:
http://www.lost-highway.com/artist/detail.aspx?nid=2680&aid=67

jujuba azul?

pois é, tem gente que pergunta porque jujuba azul... é porque tem gosto de anis, que me lembra absinto, que me lembra das fadinhas verdes, que me lembram porres memoráveis, que me lembram do fino da bossa.
tem gente que gosta da jujuba azul, tem gente que odeia.
eu sempre procurava e comia as azuis primeiro, depois o que viesse era lucro.
e também porque azul é uma cor tão bacana...
é claro que tem gente que vai dizer que é azul porque - junto com o branco - é a cor do time que eu torço. outros vão dizer que é por isso e por aquilo. tudo é motivo.
e eu continuo dizendo que a jujuba azul é a mais gostosa...