quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pro Mauricio

Dia 26/02 próximo marca o aniversário de trinta anos de um cara a quem eu devo muita coisa. Como diria o famoso e o engraçadinho do Marcelix, “Mauricio é o nome da fera!”.
Fomos apresentados nos idos de 1999, por seu irmão Marcelo – que estava sempre na CD Club, loja em que eu trabalhava -, quando me chamou para integrar Os Berbigão. Tá certo que eu já vivia saindo com o Marcelo, mais o Fábio Alves e Leonardo Feijó atrás de shows de blues pela cidade e sempre acabava por dormir, já bêbado, na casa dos Peixoto. Mesmo assim, só fomos nos aproximar quando começamos a trabalhar juntos na banda. E lá se foram sensacionais sete anos.
E, durante esse tempo, aprontamos, né, Mauricio?  Passamos por shows memoráveis, porres homéricos, roubadas gigantes, viagens lisérgicas, ressacas e seqüelas monumentais... por shows que foram uma merda, diários de bordo tendenciosos (arrá, só pra me vingar um dia ainda conto o que tu aprontou em Joaçaba!!!!), almoços e jantares pelo estado afora (lembra do penne do sêo Ênio em Joinville?), tardes de ensaio na casa do Luciano que sempre terminavam com aquele café com Fanta Uva, só pra sacanear, gravações, mixagens, colecionando frases (“você é tudo de bom!”), mr. Stink, uniformes, enfim, uma porrada de coisas...
Lembro de ter tomado esporros, das noites de absinto (tudo começou no Ponto de Vista), momentos calibre (em Caçador foi o melhor!), de ter ficado puto porque tu, viado, chegou atrasado num show no John Bull, lotado, completamente doido, invadindo o palco e cantando pra caralho. Mas foi muito legal, admito! Lembro de ti e do Luciano me ensinando a fazer backings, das canjas nos shows d´Os Chefes, do maracujá do Armazém Vieira, do drink refrescante do verão, da explosão de sabor, do Flávio Guimarães dizendo "elix bebem direitinhu..." lá em Camboriú, indo fazer um entrevista às seis da manhã e tendo que cantar, caramba, de uma porrada de coisas mais. Histórias realmente não faltam...
Também tive o enorme prazer de gravar algumas músicas dele. Mas duas são extremamente especiais: “Abaixo do sul do Equador” e “Depois do verão”. Digo, sem pestanejar e com toda a certeza, que são duas das minhas músicas favoritas de todos os tempos! Dá uma saudade fodida ao escutar essas músicas...
É ótimo saber que tu tá correndo atrás das tuas coisas, das tuas vontades, do teu espaço, do que queres... é ótimo saber que tudo está indo bem e que tu tá chegando lá... brilha, mô quiridu!
Como diz Bob Dylan – e eu adorava cantar isso contigo – “When you got nothing, you got nothing to lose/You´re invisible now, you got no secrets to conceal”. Toca o foda-se e quebra tudo!!!
Parabéns e um grande abraço desse teu velho amigo aqui.